25 de mar. de 2009
Eu sou Tales - e falar isso em voz alta me lembra o Doug Funny. Nasci em Natal e cultivo um pouco da tradição norte rio-grandense, a maioria delas com um pouco de edição.
Nasci no início da década de noventa e sinto saudade de muito dela, como a Copa Fifa de 1994, meu walkman, o grande número de pessoas que ouviam Jazz pelas ruas (mas perdia de lavada para Terra Samba e É O Tchan!), os preços dos produtos; também coisas mais pessoais como meu primeiro debate político em roda de conversa, minha fase 'poser', 'pseudo-anarcopunk' e as visitas constantes aos jacarés das margens do Genipabu, eu tinha medo, mas eram divertidos, em compensação só aprendi a andar de bicicleta aos 18 anos...
Em 2001 mudei de casa e deixei pra trás todos os amigos da vizinhança, hábitos, notas acima de 9 na escola, e as fitas de Pokémon. Em compensação ganhei dois super amigos, mas hoje só mantenho contato com um, infelizmente.
Depois dessa primeira mudança (de casa) comecei a passar por uma fase estranha, que lembra a puberdade, mas os sintomas clássicos da puberdade só vieram aparecer no primeiro semestre de 2010, ano em que começaram a me chamar de Adnet, por sinal. Antes disso, e ainda para os conhecidos mais conservadores, me chamavam de Caju. Acontece que entre meus 13 e 16 anos de idade eu fiz muita coisa daquelas que não se pode dizer aos pais, viajei muito, namorei garotas e tive a certeza que prefiro garotos, semeei sonhos românticos via internet (cresceu tanto que nem preciso mais regar), escrevi cartas a embaixadas, criei diversos blogs, tirei fotos constrangedoras e atentei ao pudor...
Bem, de certa forma, nesse tempo informal, descobri que garotos não se ‘defendem’ tanto quanto garotas (e isso os torna tão mais amáveis) e eu não queria ser uma exceção, não me entenda mal, não falo de atitude promíscua, mas também não a recrimino, e eu falo de garotos e garotas no sentido cultural do comportamento; diferente da maioria das pessoas, entendi que antes de procurar sentir sentimentos que machucam deve-se saber exatamente para onde apontar sua dor, sentimos sem motivos definidos, acontece quase que por indução dramática, deve ser isso que os dramaturgos chamam de alma artística.
Além disso, meu cabelo não agüenta mais grandes transformações, nem praia, por sinal. Aprendi mais com filmes do que com o convívio familiar, depois dos 14 anos de idade, o fato é que meus pais trabalhavam muito, mas não eram ausentes como nos filmes de jovens psicopatas; o primeiro grande filme que vi foi O Violinista e o Rolo Compressor (de Andrej Tarkovskij), depois disso passei a assistir inúmeros filmes considerados “Cult”, mas nunca assisti Star Wars completo, nem gosto muito de Tarantino. Meu amigo Tiago que o diga, se quer que eu recomende um filme, assista Du Er Ikke Alene (de Lasse Nielsen), mas se não gostar faça as pazes comigo assistindo Nostalgia (de Tarkovskij).
Estou confiante sobre como serei no futuro, sou um cara que planeja muito, perdoe aos que gostam do “viva hoje como se fosse o último dia de sua vida”, não faz sentido, por mais metafórica que eu possa tornar essa frase; apesar dos últimos meses terem sido difíceis eu tenho a convicção que sou um cara fascinante no sentido de como levo a vida, ou como deixo que me leve. Ainda sou uma versão Beta, e nada pode me surpreender mais que viver. As pessoas com quem convivemos, o que mudamos com elas, esses são justamente o nosso legado, nossa assinatura.
Nasci no início da década de noventa e sinto saudade de muito dela, como a Copa Fifa de 1994, meu walkman, o grande número de pessoas que ouviam Jazz pelas ruas (mas perdia de lavada para Terra Samba e É O Tchan!), os preços dos produtos; também coisas mais pessoais como meu primeiro debate político em roda de conversa, minha fase 'poser', 'pseudo-anarcopunk' e as visitas constantes aos jacarés das margens do Genipabu, eu tinha medo, mas eram divertidos, em compensação só aprendi a andar de bicicleta aos 18 anos...
Em 2001 mudei de casa e deixei pra trás todos os amigos da vizinhança, hábitos, notas acima de 9 na escola, e as fitas de Pokémon. Em compensação ganhei dois super amigos, mas hoje só mantenho contato com um, infelizmente.
Depois dessa primeira mudança (de casa) comecei a passar por uma fase estranha, que lembra a puberdade, mas os sintomas clássicos da puberdade só vieram aparecer no primeiro semestre de 2010, ano em que começaram a me chamar de Adnet, por sinal. Antes disso, e ainda para os conhecidos mais conservadores, me chamavam de Caju. Acontece que entre meus 13 e 16 anos de idade eu fiz muita coisa daquelas que não se pode dizer aos pais, viajei muito, namorei garotas e tive a certeza que prefiro garotos, semeei sonhos românticos via internet (cresceu tanto que nem preciso mais regar), escrevi cartas a embaixadas, criei diversos blogs, tirei fotos constrangedoras e atentei ao pudor...
Bem, de certa forma, nesse tempo informal, descobri que garotos não se ‘defendem’ tanto quanto garotas (e isso os torna tão mais amáveis) e eu não queria ser uma exceção, não me entenda mal, não falo de atitude promíscua, mas também não a recrimino, e eu falo de garotos e garotas no sentido cultural do comportamento; diferente da maioria das pessoas, entendi que antes de procurar sentir sentimentos que machucam deve-se saber exatamente para onde apontar sua dor, sentimos sem motivos definidos, acontece quase que por indução dramática, deve ser isso que os dramaturgos chamam de alma artística.
Além disso, meu cabelo não agüenta mais grandes transformações, nem praia, por sinal. Aprendi mais com filmes do que com o convívio familiar, depois dos 14 anos de idade, o fato é que meus pais trabalhavam muito, mas não eram ausentes como nos filmes de jovens psicopatas; o primeiro grande filme que vi foi O Violinista e o Rolo Compressor (de Andrej Tarkovskij), depois disso passei a assistir inúmeros filmes considerados “Cult”, mas nunca assisti Star Wars completo, nem gosto muito de Tarantino. Meu amigo Tiago que o diga, se quer que eu recomende um filme, assista Du Er Ikke Alene (de Lasse Nielsen), mas se não gostar faça as pazes comigo assistindo Nostalgia (de Tarkovskij).
Estou confiante sobre como serei no futuro, sou um cara que planeja muito, perdoe aos que gostam do “viva hoje como se fosse o último dia de sua vida”, não faz sentido, por mais metafórica que eu possa tornar essa frase; apesar dos últimos meses terem sido difíceis eu tenho a convicção que sou um cara fascinante no sentido de como levo a vida, ou como deixo que me leve. Ainda sou uma versão Beta, e nada pode me surpreender mais que viver. As pessoas com quem convivemos, o que mudamos com elas, esses são justamente o nosso legado, nossa assinatura.
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