16 de fev. de 2013
Meu carnaval não teve fim.
Não teve foto;
Não teve dor;
Não teve meio;
Não teve sexo ou tambor.
Meu carnaval nem começou.
Não teve foto;
Não teve dor;
Não teve meio;
Não teve sexo ou tambor.
Meu carnaval nem começou.
De som só o quebrar das ondas, o vento brando. A escuridão. Seus corpos entrelaçados, amados, alcoólicos. O vinho se derramava nas peles, a saliva entre os poros. A areia era cama, o sal, a lua em cheia. Palavras sussurradas, os labirintos dos cabelos, entrelace de dedos, de pernas.
Ama-se tão docemente, as horas que não existem, o cheiro de flor que inda persiste nesses fios de cabelos negros. O tempo que não acorda, passa jangada, passa o bloco com o frevo que parece morrer em folia.
Quando amanhecer, quando o mar parir o sol, entre as sobras e restos, entre qual amor.