29 de mar. de 2012

Quando me tornei Bruno

Sou acostumado a textos de pensar, e não de imaginar. Esse me fez mudar o canal da minha mente, roubei - sem querer - o autor do próprio cenário de sua imaginação.

     De som só o quebrar das ondas, o vento brando. A escuridão. Seus corpos entrelaçados, amados, alcoólicos. O vinho se derramava nas peles, a saliva entre os poros. A areia era cama, o sal, a lua em cheia. Palavras sussurradas, os labirintos dos cabelos, entrelace de dedos, de pernas.
     Ama-se tão docemente, as horas que não existem, o cheiro de flor que inda persiste nesses fios de cabelos negros. O tempo que não acorda, passa jangada, passa o bloco com o frevo que parece morrer em folia.
Quando amanhecer, quando o mar parir o sol, entre as sobras e restos, entre qual amor.

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